domingo, 2 de novembro de 2014

Qual o papel do jornalista na construção do leitor?




 Foto: Divulgação

Qual o papel do jornalista na construção do leitor?


É comum na nossa sociedade a intervenção das outras pessoas para a formação das nossas opiniões. Elas por sua vez confessam suas crenças e pontos de vistas sobre diferentes fatos. Nós, ouvintes, colhemos aquilo que é colocado à nossa disposição, como num jogo, em que cada peça-palavra irá compor nosso repertório e interferirá no nosso discurso.
Os jornalistas são figuras públicas que têm a função de mediador das diversas informações que circulam nos meios de comunicação, ou seja, ela atuará entre a informação e o público. Desse modo, diariamente temos a oportunidade de encontrar essa imensidão de textos que trazem a informação e cada um possibilita uma reflexão sobre vários temas.
O perfil do jornalista é modificado de acordo com várias situações, sejam elas de caráter empresarial ou pessoal. Cada um irá construir o texto de acordo com as próprias relações pessoais, profissionais e experiências. Dentro dessa perspectiva, cabe a eles apresentar-se de maneira clara, levando em consideração a ética e respeitando as diferenças de cada indivíduo.
O jornalista irá trabalhar com informações que dizem respeito aos interesses da sociedade, a partir disso enumera essas informações de acordo com o grau de noticiabilidade. A argumentação contida em cada texto poderá influenciar o leitor devido a credibilidade dada para cada veículo ou profissional da notícia. Ou seja, o jornalista será visto como um líder de opinião, pois ele intermediará informações, opiniões, ideologias e interesses. Basicamente a função do jornalista é interferir na opinião do cidadão, ou seja, um formador de opinião.
A mídia faz um recorte dessa realidade e apresenta uma possibilidade de leitura do mundo, podemos verificar que existem diferentes abordagens do mesmo fato, o leitor, portanto, deverá se apropriar da informação, porém cabe a ele também verificar as verdades dos textos que compõem a notícia e a partir disso elaborar sua própria opinião sobre os fatos.
O jornalista, portanto, será a peça chave desse processo, pois além de colocar à disposição a informação, ele fornecerá as pistas para que o leitor possa construir sua própria opinião. O papel do jornalista é interpretar e produzir a informação. Pois, ele irá interpretar o fato, produzir a notícia atribuindo-lhe sentido, com ética e responsabilidade. Caberá ao receptor refletir e também interpretar as informações. É através da notícia que o leitor terá o conhecimento ampliado sobre os acontecimentos diários no mundo.
Vale ressaltar que a mídia tem uma função educativa. E a veracidade dos fatos deve caminhar lado a lado com os interesses dos cidadãos, garantindo aos indivíduos o acesso à informação de qualidade. É desejável, portanto, um profissional comprometido com o ofício, que dialogue com a sociedade e apresente as informações que farão parte da opinião pública, além disso, o profissional deve ter consciência do poder da mídia sobre a sociedade, procurando oferecer conteúdos que representem a realidade, valorizando a liberdade de expressão e interesses públicos.
 

FUTEBOL, VIOLÊNCIA E RACISMO



FUTEBOL, VIOLÊNCIA E RACISMO



O futebol é o esporte que reúne milhares de torcedores no mundo inteiro. O evento mais lucrativo é a chamada Copa do Mundo, sendo acompanhada pelas diversas nações. É o momento ideal para unir as pessoas num só grito, numa só voz e apresentar a todos a diversidade cultural dos países envolvidos.
Mas, algumas notícias que envolvem o futebol, não são positivas.  É fato que esse esporte envolve o contato físico, portanto é inevitável o choque entre os corpos. A violência, a discriminação e o racismo infelizmente, estiveram presentes durante os acontecimentos nacionais e internacionais.

 
            Dois fatos chamaram nossa atenção, nesta Copa do Mundo de 2014: a mordida de Suárez e a violenta entrada do lateral direito Zuñiga no jogador Neymar. O jogador uruguaio Luis Suárez, foi suspenso pela FIFA, por causa da mordida dada no adversário Giorgio Chiellini, da Itália. Houve suspensão e afastamento dos jogos oficiais da Copa. Suárez também não poderá jogar na Copa América, ou nos jogos do clube a que ele pertence, Liverpool, durante quatro meses. Além disso, foi cobrada uma multa equivalente a duzentos e cinquenta mil reais.
              Os brasileiros também desejam que uma punição semelhante seja aplicada ao lateral direito Zuñiga, da Colômbia, já que a joelhada no atacante Neymar causou uma fratura na terceira vértebra, impossibilitando sua presença nos próximos jogos da Copa de 2014. Ambos, Suárez e Zuñiga, falaram que não houve intenção de machucar ninguém. Infelizmente, agora eles terão que suportar as consequências dos seus atos.
          A violência não está limitada somente dentro do campo. Quantas vezes ouvimos falar sobre os tumultos entre as torcidas organizadas? É necessário, portando, a criação e aplicação de medidas preventivas e repressivas, mais severas, para minimizar as constantes violências associadas a esse esporte.
E o racismo? Com certeza, muitos dos jogadores brasileiros já foram vítimas do racismo, tais como: o lateral Roberto Carlos, o atacante Grafite, Neymar, Tinga e tantos outros que atuam dentro e fora do nosso Brasil.  
            Um caso, em especial, ganhou uma grande repercussão na mídia mundial. A atitude de Daniel Alves, na partida pelo Campeonato Espanhol, o lateral-direito do Barcelona comeu uma banana arremessada no gramado por um torcedor adversário. O infrator não saiu ileso, teve que devolver o carnê de sócio e foi proibido de assistir um dos jogos no estádio El Madrigal.
           Como forma de solidariedade pelo racismo sofrido por Daniel Alves, Neymar, amigo e companheiro de time, veiculou nas redes sociais uma fotografia comendo uma banana, lançando a campanha #somostodosmacacos. Na verdade, somos todos humanos e merecemos ser tratados com respeito e dignidade. Devemos ser analisados pelas nossas ações e não pela cor da nossa pele. Qualquer violência, verbal ou física deve ser punida. Não existem raças superiores ou inferiores, mas a raça humana, essencialmente igual.




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A COPA DO MUNDO É NOSSA




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A COPA DO MUNDO É NOSSA



              A Copa é um dos eventos mais importantes que ocorre ao redor do mundo. É quando todos os olhares se voltam para um determinado país. Mas, o que é necessário para um país sediar um evento como esse? Antes de tudo, é necessário arrumar a casa para receber os convidados. O Brasil é mundialmente conhecido como a terrinha do futebol, vale um slogan: “o brasileiro é apaixonado por futebol”, porém temos visto que a população se encontra desmotivada diante de tantos gastos.
            No ano de 2013, pudemos acompanhar na mídia que milhares de pessoas estiveram nas ruas protestando. Elas tinham como pretexto o aumento das passagens dos ônibus, contudo as indignações eram bem maiores, pois a revolta era contra os baixos investimentos na saúde, na educação, na segurança, na infraestrutura.
Uma parte significativa do dinheiro para financiar a Copa sai dos cofres públicos a partir dos impostos cobrados à população. E, ainda, agora, em 2014, os protestos continuam, vale lembrar que este ano teremos eleição, e sinceramente desejamos que toda essa atitude da população reflita na hora de apertar o botão de confirma.
            O Brasil corre contra o tempo com o objetivo de cumprir o prazo estabelecido pela FIFA. Diversos estados estão com as obras atrasadas, o que contribui para o ceticismo dos brasileiros. Apesar dos contras, o fato é que a Copa está batendo na porta e devemos tentar fazer o melhor possível para não transparecer nossos problemas internos. Devemos sim aproveitar a oportunidade e apresentar nossa cultura, nossa identidade, nossas belezas naturais e artificiais. Vale um alerta: é fundamental combater também a prostituição, fruto da imagem negativa, pois muitos estrangeiros acreditam que o Brasil é um país sem lei e as mulheres estão constantemente nuas, como num eterno carnaval.
            Com certeza, iremos utilizar parte das obras feitas para a realização da Copa. Mas, acreditar que todo o dinheiro foi gasto visando satisfazer as necessidades dos brasileiros é ingenuidade demais.
Algumas empresas também fizeram investimentos e aguardam ansiosamente que a roda da economia gire e o dinheiro se transforme em lucro. O lado bom é a criação de diversos empregos permanentes e temporários abrangendo diferentes setores, além da criação de cursos para habilitar a mão de obra.
 No setor público, por exemplo, temos a criação do PRONATEC, que é um Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, do Ministério do Turismo. Trata-se de cursos que proporcionam a inserção na educação profissional. Esses cursos ampliam a comunicação e a qualificação da população.
É importante aprender com os erros. Nosso desejo é que os próximos eventos possam impactar de forma positiva a população e que toda essa visibilidade contribua nos futuros investimentos internacionais. Também é preciso ficar de olho nos projetos pós-Copa, saber como essas construções e investimentos serão reutilizados por nós brasileiros torcedores que não desistem nunca.